Durante a apresentação do estudo feita pelo geógrafo Telmo Ribeiro Amand, que também é confreiro e diretor de Comunicação do IHGDF, ele apresentou os dados preocupantes da baixa densidade do DF e os impactos das características geográficas no dia a dia da população. O debate aconteceu no Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (IHG-DF), na noite desta segunda-feira (11/12), e contou com a presença de associados, convidados e membros da diretoria.

Telmo Ribeiro defende a teoria que a baixa densidade já estava no DNA da cidade, desde o projeto, com sua monumentalidade, grandes espaços abertos, avenidas largas, grandes viadutos (nossas cidades são rodoviaristas), e a opção por casas em detrimento dos apartamentos.

“Brasília é uma cidade excêntrica. Uma das poucas cidades em que a região central tem uma densidade menor do que os arredores; a densidade aumenta na medida em que se afasta do centro”, ressalta.

O plano piloto tem apenas 7% da população do DF e 42% dos empregos. As primeiras cidades, como Taguatinga e Sobradinho foram construídas a mais de 25km do Plano Piloto, gerando deslocamentos diários de longas distâncias. O Gama, por exemplo, está há 36km de distância. 1/3 da população está em 3 RAs – Taguatinga, Ceilândia e Samambaia – com 1,8 milhão habitantes. “Precisamos tornar o Plano Piloto mais acessível, mais interessante, mais sedutor, com mais cultura e mais museus, por exemplo para que pelo menos no uso haja mais densidade”, defende Telmo.

Não só ocupar os espaços vazios que ainda temos nas cidades, mas aumentar a densidade com o uso maior do transporte público, diminuindo o custo que esta baixa densidade causa”, conclui o especialista em geografia.

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